O epidemiologista Manuel Carmo Gomes indicou que uma segunda onda da pandemia não é inevitável. As declarações foram proferidas durante a reunião sobre a situação epidemiológica em Portugal, que decorreu na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Especialistas falam em trajetória ascendente dos contágios.
Henrique Barros, presidente do Conselho Nacional de Saúde, fecha as intervenções dos especialistas com dados que apontam que “as crianças também podem transmitir” a covid-19 – “É menos frequente, mas essa transmissão existe”. Antes, Manuel Carmo Gomes, professor de epidemiologia na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, falou das consequências da abertura das escolas numa eventual segunda onda de contágios.
De acordo com o modelo matemático apresentado pelo epidemiologista, se as escolas reabrissem sem qualquer tipo de proteção adicional face à covid, haveria uma segunda onda. Reduzindo a 70% os contactos entre os jovens, face ao normal antes da covid, essa segunda onda continuaria a existir, embora de menor dimensão. Se forem reduzidos a 50%, o modelo ainda não afasta esse cenário. Só com uma redução a 30% nas escolas (e a 50% na comunidade) o modelo sugere que a probabilidade de uma segunda onda é já “muito baixa”.
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