O Governo angolano prevê criar 83.500 empregos, até 2021, no âmbito do Plano de Ação para a Promoção da Empregabilidade (PAPE), aprovado em abril de 2019, anunciou o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social.
Num comunicado enviado hoje à Lusa, o ministério afirmou que os postos de trabalho serão criados no quadro do PAPE, cuja estratégia de operacionalização foi apreciada, na segunda-feira, durante a oitava reunião da comissão económica do Conselho de Ministros.
“A estratégia apresenta um modelo de empregabilidade com padrões de qualidade de referência internacional e o foco é a criação de empregos para jovens angolanos”, lê-se na nota, que cita declarações da ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias.
Fomentar o empreendedorismo no seio dos jovens, “nos domínios técnico-profissional e de gestão de pequenos negócios, e contribuir para o processo de promoção da inclusão financeira, fiscal e social da juventude”, constituem os objetivos do PAPE.
Segundo o ministério, o plano de ação, que também visa a “melhoria do rendimento familiar”, está alinhado com os programas de apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi), de Reconversão da Economia Informal (PREI) e Integrado de Desenvolvimento do Comércio Rural (PIDCR).
O Orçamento Geral do Estado e o Fundo do Petróleo são algumas fontes de financiamento do PAPE.
Angola continua a registar uma elevada taxa de desemprego que afeta sobretudo jovens, situação que resulta da crise económica, financeira e cambial que o país vive, desde finais de 2014, devido à queda do preço do petróleo no mercado internacional.
A situação, segundo as autoridades, também foi agravada pela pandemia de covid-19.
Na campanha eleitoral para as eleições de 2017, o candidato João Lourenço, atual Presidente de Angola, prometeu criar 500 mil novos empregos até ao final da legislatura, em 2022.