A saída de cena da empresária Isabel dos Santos da administração da Unitel está a provocar preocupações junto dos trabalhadores da empresa de telecomunicações, que consideram que a saída da milionária criará um forte impacto na manutenção dos postos de trabalho
Isabel dos Santos deixou a administração da empresa que ela própria criou, por considerar que tem havido “um clima de conflito permanente e de politização sistemática dos administradores”.
O jurista Agostinho Candando disse ao portal noticioso Voa Português ser importante que estes problemas no topo da empresa não afetem postos de trabalho, e porque consguinte, a estabilidade da própria empresa. “É necessário que o Estado faça todo o possível para que se mantenham os postos de trabalho porque se assim não for a justiça poderá estar beliscada”, referiu.
Quem também se mostra agastado com a situação é o sindicalista Zacarias Jeremias que entende que qualquer medida que cause problemas aos trabalhadores terá um impato muito grande no seio das famílias, lembrando que as famílias angolanas são grandes e muitas “dependem muitas vezes do emprego de uma só pessoa”.
A Unitel é detida pela Sonangol, que atualmente controla a empresa com 50% do capital, depois de ter comprado a participação de 25% da PT Ventures (controlada pela brasileira Oi), pela Vidatel da empresária Isabel dos Santos, que detém outros 25%, e pela Geni, do general Leopoldino “Dino” Fragoso do Nascimento, com os restantes 25%.
Isabel dos Santos esteve no Conselho de Administração da operadora angolana durante 20 anos.