A directora nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Justiça, Luísa Buta, revelou, ontem, em Luanda, que o tráfico de seres humanos é o terceiro crime mais lucrativo no mundo, depois do tráfico de drogas e do tráfico de armas
Luísa Buta fez esta afirmação quando dissertava o tema “Tráfico de Seres Humanos”, durante uma palestra. Esta coorganizada pela sua instituição e pelo Serviço Jesuíta de Refugiados (JRS, siga em inglês), em alusão ao dia de combate a este crime que se comemora a 30 deste mês.
Durante a sua dissertação, informou que de 2003 a 2016 o mundo registou 225 mil casos de tráfico de seres humanos. As vítimas foram atraídas pelos seus algozes de várias formas aliciatórias.
Destacou o “acto, o meio e a proposta”, como sendo os instrumentos sedutores utilizados pelos traficantes para encontrarem as suas vítimas em todo o mundo.
Estes instrumentos consistem em recrutar, transportar, transferir, abrigar, usar da força, coerção e rapto, cujas vítimas são usadas para a escravidão. Enquanto outras servem para exploração sexual e trabalhos pornográficos.
Luísa Buta alertou que os traficantes não escolhem idade, raça, sexo ou nacionalidade. Contudo, realçou que, para eles, o mais importante é traficar para alcançarem os seus propósitos.
No entanto, disse ser difícil identificar a rede dos traficantes, tendo em conta a complexidade da sua actuação, realçando que alguns apresentam- se como pessoas de boa fé para ajudar a resolver uma determinação situação.
“Têm várias formas de atrair as suas vítimas”, sublinhou, apontando as redes sociais como sendo instrumentos.
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