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Apoio a deslocados de Cabo Delgado é considerado insuficiente

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As famílias que fugiram aos ataques terroristas em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, afirmam continuar a ter falta de comida e de outros bens de necessidade. Apesar do trabalho no terreno do próprio Governo e de algumas ONG, a crise humanitária é evidente

São às centenas, as famílias que têm vindo a procurar refúgio noutras partes do país, por enquanto seguros. A província vizinha de Nampula recebe diariamente deslocados de Pemba, de Metuge ou de Chiure.

“Temos recebido comida e outros apoios que o Governo traz. Mas há outros dias que não tem sido possível obter comida”, revelou um dos refugiados à Deutsche Welle África, numa das tendas onde atualmente vive num centros de acolhimento.

Outro deslocado também deixou o seu testemunho. A viver num dos centros de acolhimento de Metuge, refere as condições precárias dadas pelas autoridades aos deslocados. Partilha uma tenda com mais cinco membros da sua família e com outra família de sete indivíduos. “Gostaria que cada tenda servisse apenas para uma única família. Isso cria aglomeração num período em que nos dizem que muitas pessoas não devem estar juntas por causa da Covid-19”, desabafa, numa altura em que a zona norte do país é o foco mais preocupante da pandemia do novo coronavírus.

Esta preocupante situação tem sido tema de conversa na sociedade civil. Recentemente, num debate promovido pelo Observatório do Meio Rural, a Caritas lembrou que Moçambique está no inverno. Há falta de agasalhos e de abrigos, refere a instituição.

Estima-se que a violência em Cabo Delgado já tenha afetado mais de 200 mil pessoas e tenha feito, pelo menos, 600 mortos, em mais de dois anos de conflito.

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