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George Floyd é sepultado como mártir nos EUA

Guilherme Rego

George Floyd teve o seu último adeus na sua cidade-natal, Houston, Texas. O afro-americano foi homenageado como mártir do racismo.

A pastora Mia Wright, encarregue das cerimónias fúnebres, disse : “Chegou o momento de celebrarmos a vida dele. Podemos chorar, lamentar, mas encontraremos conforto e esperança”. A cerimónia com várias pessoas sensíveis ao acontecimento, e que prestaram a última homenagem.

Morreu há duas semanas, com 46 anos, depois de ser imobilizado no chão por um polícia branco que lhe pressionou o pescoço com o joelho, impedindo a vítima de respirar.

Os familiares abraçaram-se ao caixão, enquanto um grupo evangélico cantava. Foi imposto silêncio quando caixão chegou à Igreja. Nesse momento, a polícia formou uma guarda de honra.

“Queremos que a família saiba que não está sozinha”, afirmou o congressista democrata Al Green à chegada ao local.

A morte de George Floyd foi levou milhares de norte-americanos às ruas para exigir o fim da brutalidade policial e da discriminação racial. As manifestações tornaram-se as maiores desde o movimento pelos direitos civis nos EUA, na década de 1960. Dezenas de cidades norte-americanas foram palco de atos de pilhagem.

“Há uma grande mudança a acontecer e toda a gente, especialmente os negros, devem agora fazer parte disso”, afirmou Kersey Biagase, que viajou mais de três horas desde o Estado de Louisiana, com a namorada.

Os protestos também ocorreram fora dos EUA. Da Europa à Austrália, manifestações de pessoas indignadas espalharam-se por vários continentes. “O racismo não é apenas um problema norte-americano, é um problema global”, afirmou o advogado da família da vítima, Benjamin Crump.

O funeral aconteceu um dia depois de cerca de 6.000 pessoas participarem num velório público, também em Houston.

“Chegou a hora da justiça racial” nos Estados Unidos, afirmou o candidato democrata à Presidência, Joe Biden, nesta terça-feira, num vídeo divulgado durante a cerimónia fúnebre de George Floyd.

Os quatro polícias envolvidos foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio em segundo grau e incorre numa pena de 40 anos de prisão. Os restantes respondem por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.

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