Com quase duas décadas a viver nos países de origem de muitos dos imigrantes africanos que em Angola detêm o negócio das cantinas, aliás, é lá que fez parte da sua formação artística, Mister Nzila agora aposta na sua carreira musical em Angola. Ainda garoto, aos 11 anos, deixou o país e acompanhou o pai em missão de serviço em países como Togo, Gabão, Camarões, Ghana e Cote d”Ivoire. Fez uma licenciatura em Botânica mas não deixou a música, que, ainda criança, foi absorvendo em Angola, a que acrescentou o que bebeu do frenético ambiente musical dos três países onde cresceu. O português, inglês, kikongo, kimbundu, lingala, umbundu e expressões das línguas da África Ocidental, são usados nos seus temas, onde o amor, a paz, o quotidiano e o sentimento pan-africano, que o seu percurso de vida permitiu, estão em destaque.
Mestre Nzila reconhece que a sua inserção no mercado angolano não será fácil, pelo que, numa primeira fase, o seu trabalho na indústria petrolífera é o suporte não apenas para o seu sustento, mas para o financiamento do seu projecto musical. Nesta fase angolana já tem seis músicas gravadas com as sonoridadesAfro-House, Naidja, Raggamuffim, e Reggae, estilos muito apreciados no continente, a que acrescentou o Zouk, Kizomba e Ghero Zouk, que muito marcam o meio musical angolano e de outros países dos Palop. O momento agora é de divulgar os temas “Bokolo”,com Mestre Dangui, “Luzolo Kiami”, “Kill Me” e “Tudo Bala”. O actual Estado de Emergência no país, por causa da Covid-19, não lhe permite, obviamente, fazer concertos, sendo a alternativa os programas televisivos.
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