Dilma Vana Rousseff, 66 anos, descendente de húngaros, divorciada, economista, militante de movimentos armados contra a ditadura, ex-prisioneira política e atual Presidente do Brasil.
No dia 5 de outubro enfrenta um dos mais importantes desafios da sua vida: o de conseguir a reeleição para o Planalto, sobrevivendo a meses de protestos populares contra o seu governo e aos casos de corrupção que mancharam a imagem do PT. Para além, disso, tem que superar o mau desempenho da economia brasileira, que este ano deverá crescer bem abaixo do que estava previsto – 0,3%, segundo a OCDE, contra as expetativas de 1,8% anunciadas em maio.
No entanto a imagem de Dilma, se desgastada juto da classe média e urbaba (os protagonistas das grandes manifestações do início do verão deste ano) continua em alta junto da população pobre, a grande benficiária das suas políticas de redução da pobreza.
Protagonista da campanha mais cara desde a redemocratizção do país, segundo o jornal Folha de S. Paulo, Dilma caiu numa nova polémica na última semana quando disse que a função do jornalismo é “divugar e não investigar”, a propósito das acusações divulgadas pela revista Veja de benefícios ilegais do gigante Petrobras a dezenas de políticos brasileiros. Depois, tentou emendar, numa espécie de “o que eu queria dizer era…”, mas o mal estava feito.
Por tudo isto, arrisca o cargo, caso não vença na primeira volta, o que parece bastante improvável.