Segundo relatos, o funcionário afirmou em conversas privadas que o Japão precisa de armas nucleares para enfrentar o atual ambiente de ameaças. Apesar de não se tratar de uma proposta oficial de política, os comentários geraram forte reação de políticos e especialistas em segurança, que alertam para os riscos de instabilidade e de enfraquecimento da confiança pública.
O governo japonês reafirmou que mantém sua política oficial de não produzir, não possuir nem permitir a introdução de armas nucleares em território nacional, conforme os princípios que norteiam a defesa do país desde a década de 1960.
Líderes da oposição pediram explicações e a eventual responsabilização do funcionário, classificando suas declarações como incompatíveis com a postura histórica do Japão. No plano internacional, aliados e vizinhos expressaram preocupação, temendo que a ideia de armamento nuclear pudesse afetar a estabilidade regional e a cooperação internacional do país.
O incidente ocorre em um contexto de debate crescente sobre segurança no Leste Asiático, marcado por tensões regionais e questionamentos sobre a fiabilidade de garantias externas de proteção. Apesar da controvérsia, o governo reiterou que não houve qualquer mudança formal na doutrina oficial de defesa.
Analistas de segurança destacam que, mesmo como comentário privado, a fala do funcionário evidencia pressões internas no Japão para reavaliar sua estratégia de defesa, especialmente diante do aumento das capacidades militares de países vizinhos. O episódio pode abrir espaço para discussões mais amplas sobre o futuro do país no cenário regional e a necessidade de equilibrar compromissos históricos com novas realidades estratégicas.