A PSA, causada por um vírus altamente resistente no ambiente e extremamente contagioso entre suínos domésticos e javalis, não representa perigo para seres humanos, mas provoca mortalidade elevada entre os animais e impacto económico significativo. A União Europeia tem vindo a acompanhar a situação de perto, uma vez que um surto descontrolado pode levar à suspensão de exportações, ao abate sanitário de milhares de animais e a perdas assumidas pela indústria.
Em comunicado, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) sublinhou que Portugal mantém-se livre da doença, mas reforçou ações de vigilância, sobretudo em zonas fronteiriças e em explorações de grande dimensão. As autoridades alertam para a importância de práticas rigorosas de higiene, controlo de entrada de veículos, limitação de contactos com javalis e utilização de ração segura, apontando estes procedimentos como essenciais para evitar a chegada do vírus.
Produtores portugueses manifestam preocupação com uma eventual aproximação da doença ao território nacional, lembrando que o setor representa milhares de postos de trabalho e um volume significativo das exportações agroalimentares. Segundo associações do setor, qualquer perturbação nas cadeias de produção teria repercussões rápidas no preço da carne e na oferta ao consumidor.
A Comissão Europeia deverá divulgar nos próximos dias uma atualização do mapa de risco e novas diretrizes preventivas, à medida que equipas veterinárias analisam os resultados laboratoriais dos casos recentes. Embora as autoridades peçam calma, a palavra de ordem no setor é clara: prevenção total para evitar um cenário de ruptura sanitária e económica.