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Macau é “interlocutor de precisão” entre a China e a Lusofonia

Para o Secretário para a Economia e Finanças, Tai Kin Ip, Macau continuará a reforçar o seu papel como “interlocutor de precisão” entre a China e os Países de Língua Portuguesa, destacando a importância das pequenas e médias empresas (PME) e das oportunidades no setor agrícola.

Fernando M. Ferreira

O governante falava na Mesa Redonda das PME da China e dos Países de Língua Portuguesa, integrada na 2.ª Exposição Económica e Comercial China–Países de Língua Portuguesa (C-PLPEX) e na 30.ª Feira Internacional de Macau (MIF), eventos que decorrem em simultâneo e que incluem, pela primeira vez, a Expo Internacional Agrícola China–Países de Língua Portuguesa.

“Macau, enquanto interlocutor de precisão entre a China e os países lusófonos, pode desempenhar um papel fundamental na ligação entre mercados, empresas e recursos das partes intervenientes”, afirmou o Secretário, sublinhando o empenho do Governo em “implementar de forma proativa as diretrizes do Governo Central e aperfeiçoar continuamente as funções da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial sino-lusófona”.

O responsável recordou que este ano marca o 20.º aniversário da parceria estratégica global entre a China e Portugal, salientando que a recente reunião entre o Presidente Xi Jinping e o Primeiro-Ministro português, Luís Montenegro, reforçou a vontade de aprofundar a cooperação nas áreas da inovação, economia verde, economia azul e indústria farmacêutica.

“A realização desta Mesa Redonda constitui uma ação concreta do Plano de Ação para a Cooperação Económica e Comercial (2024–2027) aprovado na 6.ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau”, referiu, acrescentando que o encontro pretende “ajudar as PME a estabelecer parcerias precisas e a clarificar as suas orientações de mercado”.

Portugal sublinha desafios no mercado chinês

O Secretário de Estado da Agricultura de Portugal, João Moura, presente em Macau em representação do Governo português, afirmou que Portugal tem produtos de excelência e um “interesse muito significativo” no mercado chinês, apesar de enfrentar obstáculos que dificultam a entrada.

“As dificuldades são muitas, e tantas vezes ao nível das relações diplomáticas, das exportações e importações — alguns acertos que é necessário fazer”, explicou aos jornalistas.

O governante destacou que os eventos que decorrem em Macau são “uma grande janela de oportunidades” para aproximar mercados e “limar algumas arestas”, realçando a importância do diálogo direto entre agentes económicos. João Moura sublinhou que Portugal dispõe de “vários produtos com grande potencial” – frutos secos, carne de porco, azeite e vinho -, com “grande capacidade de exportação e aceitação mundial”.

“O mercado da China tem para nós um interesse muito significativo”, afirmou, acrescentando que também sentiu em Macau “um grande interesse da China em Portugal”, não apenas ao nível das importações, mas também quanto à internacionalização de empresas chinesas nos setores da tecnologia, maquinaria e equipamento agrícola.

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