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Ron Lam critica “violação da Lei de Imprensa”

Ron Lam enviou esta semana ao Governo uma interpelação sobre a nova política de comunicação, na qual critica as restrições impostas a determinados órgãos de comunicação.

Paulo Rego

Circunstância que, escreve o deputado, configura “uma violação clara” da Lei de Imprensa, na parte em que garante aos jornalistas o “direito de acesso às fontes de informação, nelas se abrangendo as dos órgãos de Governo, da Administração Pública, das empresas e dos capitais públicos”.

Os convites para vários eventos oficiais estão a ser limitados a “jornalistas dos jornais diários e semanais, da televisão, rádio e de agências noticiosas”, alegadamente por razões de “falta de espaço”. Esta, por exemplo, foi a justificação dada pelo Conselho do Executivo, na passada sexta-feira, após uma conferência de imprensa na qual participaram dez jornalistas, apesar da sede do Governo ter capacidade para mais de 50.

No passado recente, o PLATAFORMA pode testemunhar que a justificação dada para não sermos convidados para alguns eventos oficiais foi a de que os convites se limitavam à “imprensa diária”; ou seja, excluindo na prática a nossa publicação semanal em papel. Não se assumindo também, nesta justificação, a evidência de termos uma publicação diária – e trilingue – online.

Durante a campanha de Sam Hou Fai, apesar dos convites enviados ao PLATAFORMA, foi notória e consistente a impossibilidade de serem feitas perguntas pelos nossos jornalistas, apesar dos convites enviados para a presença deste jornal em algumas ações de campanha. Recorde-se que o primeiro protesto público contra este bloqueio foi lavrado pelo All About Macau, publicação online com edição mensal em papel.

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