Junho foi o segundo mês este ano, após abril, em que a reserva financeira da região administrativa especial chinesa teve um desempenho negativo, de acordo com informação publicada no Boletim Oficial pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM).
A reserva cifrou-se em 603,2 mil milhões de patacas no final de junho, tendo ganho 21,8 mil milhões de patacas desde o início do ano, assim como 37,4 mil milhões de patacas nos últimos 12 meses. O valor permanece longe do recorde de 669,7 mil milhões de patacas atingido em fevereiro de 2021, em plena pandemia de covid-19.
O valor da reserva extraordinária no final de junho era de 431,9 mil milhões de patacas e a reserva básica, equivalente a 150% do orçamento público de Macau para este ano, era de 153,4 mil milhões de patacas.
A Assembleia Legislativa de Macau aprovou, em 07 de novembro, o orçamento da região para este ano, que prevê uma subida de 1,4% nas despesas totais, para 105,9 mil milhões de patacas.
A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 239,9 mil milhões de patacas, títulos de crédito no montante de 132,4 mil milhões de patacas e até 224,3 mil milhões de patacas em investimentos subcontratados.
A reserva financeira de Macau ganhou 22,2 mil milhões de patacas no ano passado, depois de ter perdido quase quatro vezes mais no ano anterior. Isto apesar de, em 2023, as autoridades da região terem voltado a transferir quase 10,4 mil milhões de patacas da reserva financeira para o orçamento público.
No final de janeiro, a AMCM sublinhou que os investimentos renderam à reserva financeira quase 29 mil milhões de patacas em 2023, correspondendo a uma taxa de rentabilidade de 5,2%. O orçamento de Macau para 2024 prevê o regresso dos excedentes nas contas públicas, depois de três anos de crise económica devido à pandemia da covid-19.
O orçamento estima que Macau termine este ano com um saldo positivo de 1,17 mil milhões de patacas, “não havendo necessidade de recorrer à reserva financeira”.
O território, cuja economia depende do turismo e jogo, cancelou em janeiro de 2023 todas as medidas de prevenção e contenção da covid-19, depois de quase três anos de rigorosas restrições impostas pela política ‘zero covid’, que também vigorou na China.
Plataforma com Lusa