Os 50 anos do PS, tal como a celebração dos 50 anos da Guiné-Bissau, faz parte de todo um percurso, porque os momentos históricos não acontecem só por si, são uma cadeia de acontecimentos”, disse o secretário-geral socialista, António Costa, na cidade alemã de Bad Münstereifel, onde o PS foi fundado em abril 1973.
Com a saída anunciada da liderança do partido, António Costa visita agora a Alemanha numa das últimas ações na qualidade de secretário-geral do PS. Do lado português, a comitiva integra ainda o secretário-geral adjunto do PS, João Torres, o presidente do grupo parlamentar do partido, Eurico Brilhante Dias e Isabel Soares, presidente da Fundação Mário Soares-Maria Barroso. Do lado alemão, estão Lars Klingbeil, presidente do SPD, e Martin Schultz, antigo presidente do Parlamento Europeu e atual presidente da Fundação Friederich Ebert, a mesma que financiou o partido na sua fundação. Um encontro que poderia ser visto como de aproximação entre socialistas europeias para uma eventual candidatura de Costa a um cargo europeu. Porém, o ainda primeiro-ministro afastou a hipótese. “A política não é uma carreira, a política é uma atividade cívica que se exerce, que se serve das mais variadas formas”, respondeu Costa quando questionado sobre se pondera ocupar algum cargo europeu. “Sentindo-me de consciência absolutamente tranquila, nada me pesando na minha consciência, entendo que a função que exercia, enquanto primeiro-ministro não é compatível com a existência de um juízo de suspeição. Enquanto não estiver esclarecido este assunto sinto que não devo exercer cargos públicos, porque é necessário preservar a integridade das instituições”, justificou.
Leia mais em Diário de Notícias