Em declarações ao DN, André Pestana, coordenador do S.T.O.P, relembra as semelhanças entre o ano letivo passado e este que agora se iniciou para justificar a primeira greve do novo ano escolar. “Infelizmente são muitos os motivos, por exemplo iniciarmos o ano letivo com mais de 100 000 alunos sem professor a uma ou mais disciplina, o excesso de trabalho/burocracia, a injustiça entre os docentes dos arquipélagos e os do continente (que se traduz nomeadamente numa diferença salarial entre 400 a 600 euros mensais) e também os salários de miséria, sobrecarga de trabalho e carreiras indignas (ou ausência de carreira) que afetam os Assistentes Operacionais (AO), Assistentes Técnicos (AT), Técnicos Superiores e Especializados. Estes e outros problemas (alterações na mobilidade por doença, o atual período de probatório, ultrapassagens na carreira, etc.) são a causa da falta de profissionais da Educação (incluindo professores)”, aponta. Problemas “antigos”, presentes em, afirma, “quase 20 anos de intensos ataques, desconsiderações e roubos”.
Também à semelhança de ações passadas, não serão apenas os professores que poderão fazer greve, pois a estes podem juntar-se também os não-docentes. Uma união considerada por André Pestana como “a maior luta de sempre na Educação em Portugal”.
“Iniciou-se no passado ano letivo precisamente porque, pela primeira vez, tivemos a unidade de TODOS os Profissionais da Educação com os mesmos objetivos principais: defender uma Escola Pública de excelência para os nossos alunos, algo que só é possível se tivermos todos os profissionais da Educação dignificados e valorizados”, fundamenta.
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