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Apple atende exigência da UE e apresenta novo iPhone 15 com entrada USB-C

A Apple finalmente cedeu: o gigante californiano incluiu a entrada universal conhecida como USB-C em sua nova linha de iPhones apresentada nesta terça-feira (12), um ano antes de ser obrigada a fazê-lo por uma lei europeia contra a qual lutou por muito tempo.

“O USB-C se tornou um padrão universalmente aceito. É por isso que estamos a trazer o USB-C para o iPhone 15”, disse Kaiann Drance, vice-presidente de marketing do iPhone, no evento de lançamento do mais recente ‘smartphone’ da Apple.

Esse não é o tipo de inovação tecnológica da qual a empresa da maçã costuma se gabar, mas uma lei de Bruxelas obriga os fabricantes de eletrónicos a equipar os novos smartphones, tablets e câmaras com a entrada USB-C até o final de 2024.

“Agora o mesmo cabo pode carregar o seu Mac (computador), o seu iPad (tablet), o seu iPhone e até os seus AirPods Pro (auscultadores sem fio) de segunda geração”, acrescentou Drance. “Se a bateria dos seus AirPods ou do seu Apple Watch (relógio) estiver muito baixa, você pode carregá-los diretamente do seu iPhone”.

A empresa apresentou quatro versões do seu novo smartphone com telas mais brilhantes, lentes mais sofisticadas e capacidades computacionais mais avançadas, como faz todos os anos.

A inclusão da entrada USB-C é uma pequena revolução para o ecossistema de produtos e serviços da Apple, que é difícil de integrar com outros sistemas devido às entradas que utilizam tecnologia exclusiva.

“Muitos utilizadores da Apple ficarão chateados (…) mas eles se acostumarão, não terão escolha”, disse Avi Greengart, da consultoria Techsponential.

A empresa apresentou quatro versões do seu novo smartphone com telas mais brilhantes, lentes mais sofisticadas e capacidades computacionais mais avançadas, como faz todos os anos (Photo by Nic Coury / AFP)

Há dois anos, quando o texto legislativo estava a ser debatido, a gigante tecnológica da Califórnia tentou se opor.

A empresa argumentou que a sua tecnologia “Lightning” era usada em mais de 1 bilhão de dispositivos em todo o mundo e que a nova regulamentação “sufocaria a inovação” e “prejudicaria os consumidores”.

Para a União Europeia, o objetivo é simplificar a vida das pessoas e reduzir a quantidade de lixo eletrónico gerado à medida que os carregadores tornam-se obsoletos.

– Mais fácil de consertar –

Uma pessoa fotografa o Apple iPhone 15 Pro durante um evento de lançamento no Apple Park em Cupertino, Califórnia, em 12 de setembro de 2023 (Photo by Nic Coury / AFP)

A Apple anunciou que o iPhone 15 possui componentes internos que tornarão o reparo mais simples e uma nova estrutura que permitirá substituir facilmente o vidro traseiro.

No mês passado, a empresa apoiou a aprovação de uma lei na Califórnia que exige que os principais fabricantes permitam que os utilizadores reparem os seus dispositivos sem precisar devolvê-los às empresas.

Também nesta terça-feira, a Apple apresentou o Apple Watch Series 9, que responde ao toque do dedo indicador e polegar para iniciar e desligar chamadas e outras funções-chave.

É o “nosso primeiro produto neutro em carbono”, afirmou Lisa Jackson, vice-presidente de Meio Ambiente da empresa, sobre o novo modelo do relógio, que possui uma bateria de maior duração.

Após um trimestre dececionante para as vendas do iPhone e com a temporada de fim de ano se aproximando, a empresa precisa encantar o público.

De abril a junho, pelo terceiro trimestre consecutivo, a Apple registou uma queda nas vendas relativamente ao ano anterior (-1,4%), para 81,8 bilhões de dólares.

Isso se deveu a uma queda de 2,4 por cento nas vendas do seu produto principal, o iPhone.

– 1,2 mil milhões de utilizadores –

A Apple tem uma “base de ouro”, afirmou o analista Dan Ives, da Wedbush, referindo-se à lealdade dos utilizadores aos dispositivos da marca. No entanto, ele estimou que “cerca de 25 por cento dos 1,2 mil milhões de pessoas que têm iPhones não atualizaram os seus dispositivos nos últimos 4 anos”.

Ives também não está preocupado com as más notícias vindas da China. Relatórios de que Pequim proibiu o uso de iPhones em determinados departamentos governamentais e empresas estatais fizeram com que as ações da empresa afundassem na semana passada em Wall Street.

Se essas medidas continuarem, representarão um desafio para a Apple, uma vez que a China não é apenas o seu maior mercado no exterior, mas também, na maioria, o seu principal centro de produção.Em dois dias, as ações caíram mais de 6 por cento, fazendo com que a capitalização de mercado da empresa caísse mais de US$ 200 mil milhões, para US$ 2,776 biliões.

Plataforma com AFP

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