O gabinete do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou esta quarta-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, não irá participar na cimeira dos BRICS do próximo mês, em Joanesburgo. A decisão terá sido tomada pelos dois países, mas ainda não foi dada a confirmação oficial por Moscovo.
A decisão surge depois de, na terça-feira, ter sido revelado que Ramaphosa, pediu ao Tribunal Penal Internacional (TPI) a dispensa de ter que cumprir o mandado de detenção que existe contra Putin.. O seu argumento era que prender Putin, que o tribunal acusa da deportação ilegal de crianças ucranianas, podia ameaçar “a segurança, a paz e a ordem do Estado”. Afinal, lembrava Ramaphosa, “a Rússia deixou claro que prender o presidente seria uma declaração de guerra”.
Segundo Pretória, Putin será agora substituído pelo chefe da diplomacia, Sergey Lavrov.
Os argumentos do chefe de Estado sul-africano faziam parte de uma declaração enviada à justiça do seu país, que analisa a queixa da Aliança Democrática (oposição) que quer forçar Ramaphosa a deter Putin e entregá-lo ao TPI. O presidente considerou esta queixa “irresponsável”, lembrando que está em causa a segurança nacional. As regras do TPI permitem que um país possa consultar o tribunal caso encontre um problema que possa impedir a execução de um pedido.
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