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Haverá famílias a gastar 70% do orçamento em comida, energia e dívidas

Se as taxas de juro da zona euro subirem mais do que hoje se espera porque a inflação muito elevada não recua, as famílias portuguesas (metade delas) podem ser conduzidas a uma situação limite, sendo forçadas a gastar 70% do seu orçamento em comida, luz, água e dívidas, avisa o Fundo Monetário Internacional (FMI) no estudo anual (Artigo IV) sobre a economia portuguesa, ontem divulgado (quinta-feira, 22 de junho).

Nesta nova avaliação do antigo credor de Portugal há elogios à condução da política orçamental (o FMI alinha com as previsões do governo e parece acreditar nas metas do défice e da dívida), a instituição também reviu em alta a previsão de crescimento deste ano, mas deixou um aviso: é preciso mais para reduzir o défice e, sobretudo, a dívida pública.

Pelas contas do Fundo, o governo vai ter de fazer um forço “discricionário” adicional entre 2024 e 2028 (para segurar o saldo orçamental numa posição de “equilíbrio”) equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) ou até 0,3% do PIB. Dá entre 640 a 840 milhões de euros por ano a preços correntes (de 2023) em novos cortes ou poupanças orçamentais adicionais.

Mas para já, apesar da recuperação melhor que o esperado, muito apoiada no turismo, e da “resiliência” do mercado de trabalho português, o FMI diz que está preocupado com um cenário mais agressivo para o lado das famílias, sobretudo as mais vulneráveis, as mais expostas ao aumento do custo de vida e à crise de oferta de habitação.

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