A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) está a “avaliar” um sistema que permite controlar automaticamente os níveis de álcool no sangue dos condutores e, caso seja detetada uma infração, impedir que o veículo circule. Vários países europeus já têm um “alcohol-lock” em programas de reabilitação, mas Portugal continua sem qualquer projeto. Há inclusive uma diretiva europeia que exige que os novos veículos tenham uma pré-instalação de alcoolímetro. Os dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2022 mostram um aumento dos crimes de condução sob o efeito de álcool, face a anos anteriores, incluindo o período pré-pandemia.
“É muito parecido com o vulgar teste do balão. A única diferença é que este instrumento está ligado à eletrónica do veículo e permite ou não colocá-lo em marcha”, explica Rui Ribeiro. O presidente da ANSR aponta que o “alcohol-lock”, o nome do mecanismo, tem tido “muita popularidade na Europa”. “Ouvimos a realidade de outros países e estamos a transpor para a realidade nacional: como poderia ser enquadrado no nosso ordenamento jurídico e no Código da Estrada”. O país, diz, nunca teve qualquer experiência sobre o assunto, ao contrário dos congéneres europeus.
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