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Blinken reúne Arménia e Azerbaijão e pede paz duradoura

AFP

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, pediu ontem uma paz duradoura entre Arménia e Azerbaijão ao reunir os principais diplomatas dos dois países pela primeira vez desde os confrontos violentos na fronteira

O ministro das Relações Exteriores da Armênia, Ararat Mirzoyan, e seu colega do Azerbaijão, Jeyhun Bayramov, e suas respectivas delegações conversaram com Blinken em um hotel de Nova York antes da Assembleia Geral da ONU.

Blinken afirmou estar “animado” com a ausência de violência na região nos últimos dias.

“Um compromisso diplomático forte e sustentável é o melhor caminho para todos”, declarou Blinken. “Há um caminho para a paz duradoura que resolva as diferenças”, afirmou.

A Armênia revisou o número de mortos nos combates da semana passada, que passou de 136 para 207, elevando o total de vítimas mortais em ambos os lados para 286.

A violência da semana passada foi o pior confronto desde a guerra de 2020 e colocou em perigo o incipiente processo de paz entre os arquirrivais.

Durante uma visita a Yerevan no sábado, a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, responsabilizou Baku pelos ataques “ilegais” contra a Armênia e condenou “a agressão à soberania” do país.

Os laços de Washington estão ficando mais estreitos com Yerevan, cuja tradicional aliada, a Rússia, está distraída com a invasão da Ucrânia.

A Rússia mantém laços estreitos com Baku e Yerevan. Por um pacto de segurança, a Rússia é obrigada a intervir se a Armênia for invadida, mas não se movimentou desta vez, apesar dos pedidos do governo daquele país.

A Armênia e o Azerbaijão travaram duas guerras – na década de 1990 e em 2020 – pela disputada região de Nagorno-Karabakh, um enclave do Azerbaijão habitado por armênios.

As seis semanas de guerra em 2020 resultaram na morte de mais de 6.500 soldados de ambos os lados. O conflito foi encerrado com um cessar-fogo mediado pela Rússia.

Sob o acordo que encerrou as hostilidades, a Armênia cedeu partes do território que controlava por décadas, e Moscou enviou cerca de 2.000 soldados russos para supervisionar a trégua.

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