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“Prozis não precisa de Portugal”, afirma o “incancelável” Miguel Milhão

Fundador da Prozis explicou durante meia hora a posição polémica sobre o fim do aborto, reagiu a críticas e relatizivou as celebridades que rescindiram a parceria por considerarem que a opinião do fundador não respeita os direitos das mulheres. Miguel Milhão não muda uma vírgula e lembra que Portugal não é assim importante para marca

Miguel Milhão

Miguel Milhão compareceu num podcast interno da empresa Prozis para esclarecer – e reiterar – a sua posição sobre o fim do direito ao aborto, uma lei federal que foi revertida nos Estados Unidos da América.

Em Conversas do Karalho explicou que a defesa que fez do aborto é “ética” e “não religiosa”, criticou quem boicota ou apelou ao boicote, dirigiu-se a “esta canzoada” que critica e comentou rescisões de parceria que celebridades tornaram públicas.

Uma justificação de mais de meia hora sobre vida pessoal e percurso profissional e que acabou com o anúncio da decisão de apagar o comentário inicialmente publicado no LinkedIn (que pode ver abaixo) e que gerou toda a polémica. Lembrou que enquanto o “pessoal vai estar aí entretido a cancelar” ele vai “de férias de barco para a Grécia o tempo que apetecer”.

Disse-se atacado, mas Milhão – que invocou ter estudado Filosofia e ter defendido o aborto em Ética – vincou também que é “incancelável”. “Impossível”, afirmou. “Nós não vamos sair manipulados por esta mob. As minhas ideais são as minhas, não são as das Prozis: vive, produz bens e serviços, empresa privada, tem acionistas, trabalhadores, parceiros, vários topos de stakeholders”, explicou.

Mais à frente, Milhão chutou as contas da empresa para justificar a importância relativa do território português. “A Prozis não precisa de Portugal, é uma empresa internacional, será provavelmente a marca portuguesa mais conhecida fora do território. Vive do comércio exterior, 85 por cento é exportação. Vendemos para Portugal e para outros países. Mas isto aqui nunca arranca. Adoramos os portugueses, respeitamos, vendemos mais barato aos clientes portugueses, estamos aqui para construir em conjunto”, insiste, sublinhando que ninguém pode imaginar que vai destruir a marca.

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