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Ritmo diário de refugiados ucranianos tem queda acentuada

Quase 3,8 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde a invasão do Exército russo em 24 de fevereiro – é o que mostra a contagem da ONU divulgada neste sábado (26), com uma redução considerável de refugiados no número de chegadas desde o começo da semana. 

No total, mais de dez milhões de pessoas, mais de 25% da população do país, tiveram de deixar suas casas.

A ONU estima que haja quase 6,5 milhões de deslocados internos na Ucrânia.

O escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) registrou exatamente 3.772.599 refugiados ucranianos em seu site na internet, no sábado por volta das 8h (horário de Brasília). 

São 46.793 a mais em relação à sexta-feira anterior. 

Desde 22 de março, o número de pessoas que fogem dos combates e das condições de vida cada vez mais difíceis na Ucrânia fica abaixo de 100.000 por dia. 

Desde a Segunda Guerra Mundial, a Europa não conhecia fluxos de refugiados desta magnitude. Cerca dos 90% dos que fugiram da Ucrânia são mulheres e crianças. 

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mais de 1,5 milhão de meninos e meninas se encontram entre os refugiados. 

Antes desse conflito, a Ucrânia tinha uma população de mais de 37 milhões de pessoas nos territórios controlados por Kiev. Estes últimos não incluem a Crimeia (sul), anexada em 2014 pela Rússia, nem as zonas do leste, sob controle dos separatistas pró-russos desde o mesmo ano. 

Sozinha, a Polônia acolhe mais da metade de todos os refugiados que deixaram o país desde o começo da invasão russa, ou seja, aproximadamente seis a cada dez. 

Desde 24 de fevereiro, 2.236.314 pessoas que fugiram do conflito na Ucrânia entraram na Polônia, conforme balanço do Acnur até 25 de março. 

Já os guardas fronteiriços poloneses contabilizaram 2.268.000 pessoas até o sábado pela manhã.

Antes dessa crise, a Polônia já acolhia em torno de 1,5 milhão de ucranianos. A maioria deles trabalha neste país-membro da UE. 

Segundo a agência da ONU para os refugiados, 579.800 pessoas chegaram à Romênia até 25 de março. De lá, muitos refugiados decidem continuar seu caminho, uma vez que estão a salvo.

Depois de sua chegada à Moldávia, um pequeno país de 2,6 milhões de habitantes e um dos mais pobres da Europa, uma parte dos refugiados segue sua jornada rumo à Romênia, ou à Hungria. Em geral, vão-se reunir com seus familiares. 

Segundo o Acnur, até 25 de março, 379.204 pessoas entraram na Moldávia.

Em 25 de março, a Hungria – que conta com cinco postos na fronteira com a Ucrânia – acolheu 342.738  ucranianos, relata o Acnur. 

Ainda conforme a informação atualizada por esta agência da ONU, 267.702 ucranianos chegaram à Eslováquia até esta mesma data. 

O número de pessoas que encontraram refúgio na Rússia subiu para quase 271.254 até 22 de março, último número disponível. 

O Acnur diz ainda que, entre 21 e 23 de fevereiro, 113.000 pessoas passaram dos territórios separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk para a Rússia. 

Até 24 de março, Belarus acolheu 6.431 pessoas. 

O Acnur suprimiu a contagem relativa aos demais países europeus e se concentra nos países fronteiriços com a Ucrânia que fazem parte do espaço Schengen (Hungria, Polônia e Eslováquia). Os números apresentados pelo escritório do Alto Comissariado são os de refugiados que cruzaram a fronteira e entraram no país. 

O órgão estima que “um grande número de pessoas seguiu em direção a outros países”. 

A organização também informa que não contabiliza as pessoas procedentes de países limítrofes que saem da Ucrânia para voltar para casa. 

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