Chisako Kakehi assassinou três companheiros
“Um crime cruel e planeado”. Foi assim que o juiz caracterizou o esquema levado a cabo por Chisako Kakehi, hoje com 74 anos. A japonesa está no corredor da morte por assassinar três companheiros e pela tentativa de homicídio de um quarto. A todos foi-lhes administrado cianeto. Ficou conhecida como a “viúva negra.”
Tudo terá começado em 2007, mas foi só com a morte da última vítima, em 2013, que as autoridades começaram a investigar. De acordo com a CNN, as autópsias são raras no Japão e normalmente só são realizadas quando há suspeita de crime. Foi o que suscitou a morte de Isao Kakehi. Mas já lá vamos.
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A “viúva negra” foi condenada à morte em 2017, num dos julgamentos mais longos do Japão e o recurso para anular a decisão foi chumbado no passado mês de junho.
“Usou uma agência de encontros para conhecer vítimas idosas, uma após a outra, e envenenou-as depois de confiarem nela”, considerou o juiz, na altura, segundo a estação de televisão estatal NHK. Terá recebido milhões de euros em seguros de vida.
A mulher, que trabalhou numa gráfica, casou-se pela primeira vez em 1969. O casamento terminou 25 anos depois quando o marido morreu de doença.
Cápsula de cianeto entre os medicamentos
Começou depois, em 2007, uma relação com Toshiaki Suehiro, de 78 anos. Ela tinha, na altura, 61 anos. Em dezembro desse ano, o homem ingeriu uma cápsula de cianeto, que estava entre os medicamentos que tomou num almoço com os seus filhos e Chisako.
Em cerca de 15 minutos caiu inanimado no chão e foi levado de urgência para o hospital. Foi o único das quatro vítimas que sobreviveu à “viúva negra”, mas ficou com uma “disfunção incurável” e, um ano meio depois, acabaria por morrer por uma causa não associada
à ingestão de cianeto.
Depois de Suehiro, a vítima seguinte foi Masanori Honda, de 71 anos. Em 2011, começaram a namorar, mas não é clara a forma como se conheceram e qual foi o tempo da relação. Honda acabaria por morrer num acidente de moto, depois de ter perdido a consciência. Um acidente que terá acontecido no dia em que o casal se separou.
As provas apresentadas em tribunal mostram que Chisako tinha começado dois meses antes da morte de Honda, em janeiro de 2012, outros relacionamentos através de uma agência de encontros.
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