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Guterres diz que Afeganistão vive “horas difíceis” e apela a ajuda

Conferência internacional realizada esta segunda-feira tem o objetivo de recolher mais de 500 milhões de euros para ajudar afegãos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, abriu esta segunda-feira a conferência internacional sobre a situação humanitária no Afeganistão alertando que o país enfrenta as suas “horas mais difíceis” e precisa de mais ajuda internacional para ultrapassá-las.

“É o momento de a comunidade internacional estar com eles”, sublinhou Guterres, indicando que mesmo antes de os taliban retomarem o poder no Afeganistão, o país já experimentava “uma das piores crises humanitárias do mundo”.

A reunião ministerial internacional pretende recolher da comunidade internacional 606 milhões de dólares (cerca de 513 milhões de euros) – numa altura em que um em cada três afegãos “não sabe quando será a sua próxima refeição”, frisou Guterres, e centenas de milhares de pessoas tiveram que abandonar as suas casas – mas também reafirmar os direitos dos afegãos, ameaçados pelos taliban, sobretudo os das mulheres.

“Os afegãos precisam de uma boia de salvação” para enfrentar aquelas que são talvez as suas “horas mais difíceis”, afirmou António Guterres.

O responsável deslocou-se à sede da ONU em Genebra, onde várias dezenas de ministros de países doadores — de forma presencial e virtual — deverão comprometer-se a ajudar o país da Ásia central, agora novamente liderado pelos taliban, após uma longa guerra de reconquista contra um regime apoiado durante 20 anos pela comunidade internacional.

A uma economia em processo de colapso, soma-se uma seca severa e a pandemia de Covid-19, recordou Guterres, sublinhando que as organizações humanitárias precisam de 606 milhões de dólares até ao fim do ano para suprir as necessidades de 11 milhões de afegãos, de um total de 38 milhões de habitantes.

A própria ONU, anunciou o secretário-geral, vai levantar 20 milhões de dólares de um fundo de ajuda de emergência para apoiar imediatamente a ação das agências humanitárias.

Guterres exigiu acesso garantido ao país para encaminhar a ajuda e o pessoal, mas também um acesso seguro às zonas com maiores necessidades.

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