Preços do transporte marítimo e das matérias-primas duplicaram nos últimos meses e estão a dificultar a vida das empresas da metalurgia, mobiliário, têxtil e calçado.
Aescassez e elevado custo das matérias-primas e dos fretes marítimos está a constranger seriamente a atividade industrial, da metalurgia ao mobiliário, têxtil e calçado, que não conseguem responder às crescentes encomendas e já admitem recorrer ao ‘lay-off’.
De acordo com as conclusões do inquérito mensal de junho da Associação Empresarial de Portugal (AEP), efetuado junto de 300 associados para “avaliar os principais entraves à recuperação da atividade empresarial”, a indisponibilidade de matérias-primas e de produtos intermédios e as dificuldades nos circuitos comerciais, por falta de contentores, são os “novos constrangimentos” apontados pelas empresas portuguesas, a par da “nova realidade” na organização do trabalho no pós-pandemia.
“Neste momento começa a ser terrível a questão do aumento brutal do custo das matérias-primas e dos transportes”, confirmou à agência Lusa o vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), apontando subidas, “em alguns casos de quatro vezes”, no transporte marítimo e crescimentos de “50%, 100% ou até mais” no preço das matérias-primas.
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