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Da esperança ao dramatismo: Marcelo e governo a duas vozes

João Pedro Henriques (DN) e Paulo Ribeiro Pinto (Dinheiro Vivo)

Quem quiser ficar preocupado, ouve o Governo: o momento é “crítico”, “grave” e “complexo” – os casos vão “continuar a aumentar”. Mas quem, ao invés, preferir não o ficar, ouve o Presidente da República: “Os números continuam a oferecer razões para haver esperança”.

O Presidente da República e o Governo continuam a falar a duas vozes sobre a evolução da pandemia covid-19 em Portugal. O Governo dramatiza, Marcelo Rebelo de Sousa desdramatiza. O contraste foi esta quinta-feira notório entre, por um lado, as palavras da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, ao apresentar as conclusões de mais uma reunião do Conselho de Ministros; e, por outro, as palavras do Chefe do Estado, comentando essas conclusões.

A ministra sublinhou, por exemplo, que Portugal se encontra, neste momento, “claramente na zona vermelha” da matriz de risco, pelo que não será possível avançar para a nova fase de desconfinamento que se deveria iniciar dia 28 (e que implicaria, por exemplo, o regresso dos restaurantes aos respetivos horários pré pandemia). O país “tem níveis de incidência preocupantes e não tem condições de avançar”, explicou. E, além disso, “a expectativa que temos é que nas próximas semanas os casos continuem a aumentar”.

Carregando nos adjetivos, Mariana Vieira da Silva afirmou que se vive agora “um momento crítico da evolução da pandemia” em Portugal, pelo que se impõe “reafirmar a necessidade de procurarmos cumprir as regras, ser cautelosos, usar a máscara [e] evitar ajuntamentos”.

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