Com Ramalho Eanes à cabeça, praticamente todos os ex-Chefes de Estado-Maior dos três Ramos desde o 25 de abril assinam uma carta contra o plano do governo para mudar o comando superior das Forças Armadas, reforçando o poder do CEMGFA.
A pressão sobre o governo para reavaliar a reforma do comando superior das Forças Armadas (FAA) subiu mais um patamar. Ramalho Eanes, ex-presidente da República e ex-Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Fuzeta da Ponte, igualmente ex-CEMGFA e Brochado de Miranda, ex-Chefe de Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA) assinam por 25 outros ex-Chefes dos três Ramos das Forças Armadas uma carta, dirigida aos “titulares dos órgãos responsáveis pela Defesa Nacional”, que têm à cabeça o Presidente da República, a apelar que este diploma, em vez de “deliberações apressadas” seja precedido por um “debate alargado à sociedade civil, envolvendo a inteligência nacional, Academia, os institutos públicos, os partidos políticos e o que de melhor existe em conhecimento e saber no país”.
Com a discussão no Parlamento agendada já para a próxima terça-feira, dia 18, este será um derradeiro trunfo de vários oficiais-generais na reforma que se têm manifestado contra a proposta do governo, posição reforçada agora por esta tomada de posição de praticamente todos os ex-Chefes dos três Ramos e CEMGFAS (com exceção para Valença Pinto) desde o 25 de abril, para adiar o processo.
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