O Twitter confirmou nesta quinta-feira (6) que removeu várias contas da plataforma que tentavam contornar a suspensão ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, promovendo as postagens em seu blog.
O ex-presidente lançou uma página em seu site no início desta semana prometendo comentários “direto da escritório de Donald J. Trump”.
A iniciativa foi tornada pública pouco antes de o conselho supervisor independente do Facebook confirmar a suspensão de Trump nessa plataforma na quarta-feira.
As contas do Twitter com nomes que fazem alusão a tópicos relacionados a Trump e buscam dar visibilidade às postagens no site do ex-presidente foram removidas, de acordo com a empresa.
“Conforme estabelecido em nossa política de evasão de proibições, tomaremos medidas de conformidade em contas cuja aparente intenção seja substituir ou promover conteúdo afiliado a uma conta suspensa”, declarou um porta-voz do Twitter à AFP.
A rede social suspendeu permanentemente a conta de Trump após a invasão do Capitólio em 6 de janeiro, argumentou o Twitter, sob o risco de incitar ainda mais a violência, após meses de tuítes do ex-presidente rejeitando a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais.
As afirmações falsas e enganosas sobre a política americana diminuíram, uma tendência pela qual o Twitter e o Facebook estão tentando levar o crédito.
Com Trump silenciado, Biden menos envolvido nas mídias sociais e sem um ciclo eleitoral em andamento, os americanos agora vivem em um ecossistema de mídia diferente.
“A coisa mais importante foi remover Donald Trump das plataformas”, disse Russell Muirhead, professor da Universidade Dartmouth e co-autor de “A Lot of People Are Saying” (Muitas pessoas estão dizendo), um livro cujo título se refere a uma das frases mais populares de Trump, usado na promoção de teorias não comprovadas.
“Isso removeu uma tempestade diária de desinformação do ecossistema”, disse Muirhead à AFP. “Não ser bombardeado está ajudando o sistema imunológico de pessoas desinformadas a se reiniciar e se recuperar.”