Um padre de 89 anos e três “freiras” com idades entre os 69 e os 73 anos, da Fraternidade Cristo Jovem, situada em Requião, Famalicão, começam a ser julgados esta quarta-feira à tarde, no Tribunal de Guimarães, por escravizarem “noviças” durante cerca de 30 anos.
Cerca de seis anos depois de as denúncias terem levado a Polícia Judiciária do Porto a fazer buscas na instituição, o caso chega agora a julgamento. Há uma dezenas de alegadas vítimas identifidas no processo.
O padre Joaquim Milheiro e as três “freiras” – como a instituição não é um convento mas sim uma associação de fiéis, as arguidas não são realmente freiras nem as vítimas noviças – estão acusados de angariarem jovens para as “usarem” no desempenho de tarefas da congregação, mantendo-as em regime de “total submissão” e aplicando-lhes castigos. Segundo a acusação, as vítimas estavam proibidas de tomar pequeno-almoço e banho, tinham de ficar nuas à frente umas das outras, eram forçadas a autoflagelar-se, andar com objetos partidos à cintura o dia todo ou com dejetos de cão no bolso da bata, e eram obrigadas a jantar com os joelhos em cima do prato.
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