Depois de mostrar reservas sobre o natimorto projeto da Superliga, os técnicos do Liverpool, Jürgen Klopp, e do Manchester City, Pep Guardiola, criticaram nesta sexta-feira a nova fórmula da Liga dos Campeões, que terá u aumento significativo no número de partidas.
“É muito bom que a Superliga não esteja mais em jogo, mas a nova Liga dos Campeões não é boa”, lamentou Klopp na coletiva de imprensa antes do jogo com o Newcastle pelo Campeonato Inglês.
“Não se pode introduzir cada vez mais jogos”, criticou o treinador alemão, que conquistou o torneio continental à frente dos ‘Reds’ em 2019.
“Os únicos que nunca são consultados são os treinadores, jogadores e torcedores. A Uefa não nos consultou”, disse.
“Já estamos no limite. Acredite em mim, quando todos os treinadores pensam o mesmo é a prova de que estamos indo longe demais”, acrescentou Klopp.
Em 2024, a Liga dos Campeões vai passar de 32 para 36 times que irão primeiro se enfrentar em um mini-campeonato com dez jogos para cada equipe, em vez da atual fase de grupos de seis rodadas, antes de entrar na fase de mata-mata.
Esta mudança vai gerar mais 100 jogos em relação ao formato atual.
Guardiola também expressou medo com o aumento no número de duelos e os perigos para a integridade física dos jogadores.
“Todo o futebol pede melhor qualidade e eles (Uefa) preferem quantidade”, disse o espanhol dois dias antes da final da Copa da Liga Inglesa contra o Tottenham.
“Talvez devêssemos pedir à Uefa e à Fifa para prolongar o ano. Talvez pudéssemos ter 400 dias por ano”, ironizou o treinador do City, vencedor de duas edições da Liga dos Campeões quando estava à frente do Barcelona.
Guardiola acusou a Uefa de ignorar os potenciais riscos de lesões, alegando que os jogadores tiveram de assumir uma grande carga de trabalho atuando por suas equipes e seleções nacionais.
“Os jogadores adoram jogar, mas às vezes há lesões. A Uefa sabe disso, claro, mas se importa? De maneira nenhuma”, lamentou.
Klopp e Guardiola já haviam feito críticas no início da semana após o anúncio do projeto da Superliga, uma competição independente e quase fechada imaginada por doze grandes clubes, incluindo Liverpool e Manchester City, mas rapidamente abandonada pela rejeição geral.