Raúl deixa cargo de primeiro secretário do Partido Comunista para o chefe de Estado, Miguel Díaz-Canel. Linha política deverá manter-se.
É o fim de uma era: Cuba deixa de estar nas mãos de um Castro. Depois de Fidel, fundador do Partido Comunista Cubano, único partido da ilha, e líder da revolução de 1959, Raúl, seu irmão e companheiro de luta, deixou, ao fim de dez anos, a liderança partidária. A decisão foi tomada durante o 8.º Congresso, que terminou ontem, em Havana, e marca um virar de página na História do país. A linha política deverá manter-se, já que o mais alto posto da hierarquia passa a ser ocupado por Miguel Díaz-Canel, presidente cubano, o “homem que soube fazer parte da equipa”.
Ministro da Defesa por quase meio século e braço-direito do irmão, Raúl Castro decidiu, aos 89 anos, afastar-se, para dar o exemplo e o lugar à continuidade. “Termino a minha tarefa como primeiro secretário com a satisfação de dever cumprido e com a confiança no futuro da pátria”, disse. Um futuro que não se prevê fácil, já que o país não enfrenta apenas a crise pandémica, mas, também, uma crise económica e social.
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