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Educação em casa dispara nos EUA enquanto a pandemia fecha escolas

Diante do prolongado fechamento das escolas devido à pandemia de coronavírus, muitos pais americanos optaram por se transformar em professores e recorrer à educação em casa para garantir que o aprendizado de seus filhos continue.

Também conhecida como “homeschooling”, a educação em casa disparou quando o vírus provocou o fechamento de escolas em todo o país em março de 2020, segundo a Associação Nacional de Educação em Casa (NHSA), com sede em Colorado (Denver, centro). 

O número de crianças que recebem aulas em casa nos Estados Unidos passou de entre quatro e cinco milhões em 2019 para quase 10 milhões no ano passado, de acordo com estimativas da NHSA.

Quase 51 milhões de estudantes, do o jardim de infância até o ensino médio, deveriam ter frequentado as escolas públicas depois do verão (hemisfério norte, inverno no Brasil) de 2020, mas a maioria das escolas optou pelo ensino online.

Muitos pais não querem que seus filhos passem o dia olhando para uma tela, porque acreditam que é ruim para sua saúde, ou porque é muito difícil supervisionar as aulas online, disse à AFP Andrea Cubelo-McKay, presidente da organização.

Por outro lado, algumas comunidades religiosas educam seus filhos em casa. Este tipo de instrução permite uma certa “flexibilidade”, afirma Strokes, de 37 anos, que começou a educar a filha em sua casa em Virgínia.

“Eu decido quando começa a escola, quando termina nosso dia, decido quando descansamos”, disse.

Ela se ocupa de todas as disciplinas do plano de estudos – leitura, escrita, ciências e matemática – para que sua filha Isabelle não fique para trás em relação aos seus colegas de classe, mas se concentra no que considera mais importante.

– Um “desafio” –

Para o presidente da NHSA, J. Allen Weston, a transição pode ser “um desafio” para os estudantes acostumados com a escola tradicional. 

Há uma “grande diferença” entre o ensino em casa e as lições virtuais, disse à AFP.

Também é difícil para os pais, que devem conciliar seu trabalho com o papel de professor, enquanto carecem de pontos de referência para o rendimento, disse Cubelo-McKay. 

“Todo dia é diferente e desafiador”, afirmou Strokes. “Uma das crianças terá um dia bom, enquanto a outra… pode não cooperar, algumas matérias são mais difíceis de ensinar do que outras”.

Nos Estados Unidos foi lançada uma campanha de vacinação em massa para professores, o que deve permitir a reabertura das escolas de forma mais segura. 

As cidades de Nova York, Los Angeles e Chicago, com os três maiores distritos escolares do país, têm planos para reabrir gradualmente, mas alguns pais resistem levar seus filhos de volta à escola no próximo ano. 

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