O presidente da comissão executiva do BNU em Macau, Carlos Cid Álvares, disse hoje confiar nos mecanismos de controlo existentes no banco que considera terem demonstrado “elevada eficácia e sólida robustez”, em declarações ao PLATAFORMA.
Carlos Cid Álvares reagia a notícias que apontam que quatro bancos em Macau foram alvos de denúncias a autoridades norte-americanas por operações suspeitas de lavagem de dinheiro, um dos quais o Banco Nacional Ultramarino (BNU).
“Depois de avaliarmos a situação, que se reportará a ocorrências verificadas entre 2000 e 2017, que por questões relacionadas com sigilo bancário, não podemos confirmar, posso afirmar que estamos muito satisfeitos com os mecanismos de controlo existentes no BNU, que são auditados pela autoridade de supervisão, pela nossa casa-mãe e pela auditoria interna do banco”, acrescentou o banqueiro.
Recorde-se que uma investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação revelou, ontem, transacções potencialmente criminosas no valor de cerca de dois biliões de dólares. O Banco da China foi a instituição em Macau com mais movimentos denunciados, numa lista onde também constam, para além do BNU, o ICBC e o HSBC.
As denúncias às autoridades norte-americanas, revelam que, entre Maio e Julho de 2015, clientes do BNU receberam cerca de 40,3 milhões de dólares norte-americanos em operações, alegadamente, suspeitas de branqueamento de capitais.
A informação, revelada pelo ICIJ, tem por base mais de 2100 documentos enviados por vários bancos internacionais à autoridade Financial Crimes Enforcement Network (FinCEN), entre 2000 e 2017, a avisar para transacções que poderiam envolver lavagem de dinheiro e fundos com origem ilegal.