A Rede Europeia Contra o Racismo alertou esta quinta-feira para o que classifica como um “aumento muito preocupante de ataques racistas da extrema-direita em Portugal” nos últimos meses e reclama uma “resposta urgente das autoridades portuguesas”.
Numa declaração conjunta divulgada em Bruxelas, subscrita por dezenas de organizações da sociedade civil e eurodeputados, a rede – ENAR, na sua sigla em inglês – manifesta a sua “firme solidariedade” com os “colegas ativistas” portugueses “que trabalham incansavelmente para promover a justiça e desafiar o racismo” e que, sustenta, “não estão seguros” atualmente, à luz das recentes ameaças de morte recebidas.
Dando conta de vários episódios de racismo no país no corrente ano, a Rede Europeia Contra o Racismo aponta que, “desde 2019, quando o partido português de extrema-direita conquistou pela primeira vez lugares no parlamento, os ativistas de extrema-direita têm sido encorajados a cometer crimes de motivação racial contra pessoas de cor em Portugal”, tendo vários defensores dos direitos humanos e famílias sido “pessoalmente visados e ameaçados, e enfrentado discursos de ódio, ameaças de morte, e assédio judicial”.
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