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Mão criminosa no incêndio que destruiu instalações do “Canal de Moçambique”

Marco Carvalho

As autoridades moçambicanas confirmaram esta quinta-feira que o incêndio que destruiu as instalações do jornal “Canal de Moçambique” na noite de 23 de Agosto teve mesmo mão criminosa. As perícias conduzidas até ao momento pela polícia moçambicana confirmam a tese de fogo posto, revelou Amade Miquidade, ministro do interior de Moçambique.

Para o governante, as evidências recolhidas até ao momento são claras. O incêndio que reduziu a cinzas as instalações do semanário independente “Canal de Moçambique” teve origem em mão criminosa: “Do trabalho pericial, estamos perante uma situação de fogo posto, quer os elementos recolhidos por parte da perícia do SENSAP (Serviço Nacional de Salvação Pública) assim como do Serviço Nacional de Investigação Criminal, apontam para o fogo posto”, adiantou esta quinta-feira Miquidade, citado pela Rádio France Internationale (RFI).

O incêndio, que ocorreu na noite de 23 de Agosto, calcinou as instalações do jornal. A publicação, com uma periodicidade semanal, tem denunciado esquemas de corrupção que envolvem algumas figuras ligadas ao poder. Recentemente, num artigo intitulado “O Negócio da Guerra” em Cabo Delgado, o jornal denunciou um alegado contrato secreto e ilegal entre o Ministério do Interior e as empresas a quem foi atribuída a exploração de gás natural. O suposto acordo explica, em parte, a instabilidade que se apoderou do extremo norte de Moçambique.

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