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Dubai alivia as restrições à venda de álcool a bem da economia

O emirado árabe achou melhor aliviar as regras quanto à posse e venda de álcool por causa da crise económica que enfrenta. Os residentes já não precisam de ordem do patrão e aos turistas basta apresentar o passaporte

A economia do Dubai, um dos Emirados Árabes Unidos, foi seriamente afetada pela pandemia do novo coronavírus. Há alguns meses, na fase do confinamento mais severo, as principais distribuidoras de álcool do Dubai lançaram a entrega ao domicílio, com a ajuda de mudanças legislativas que aliviaram as restrições para adquirir cerveja, vinho e bebidas destiladas nesta cidade-estado, noticia hoje o jornal espanhol El Mundo.

Os cartões vermelhos que até agora a polícia emitia a residentes não muçulmanos – e que eram uma espécie de licença para compra, transporte e consumo de álcool e a única forma de contornar a proibição, multas e até mesmo a prisão – foram substituídos por um cartão preto e uma nova aplicação. Com estas novas “licenças”, passa a ser dispensada a autorização do empregador para o requerente poder comprar álcool e deixa de haver restrições com base no salário.

Até agora, a empresa para quem trabalhava o requerente de autorização, podia bloquear essa licença alegando motivos religiosos. Agora já não o pode fazer.

Antes da crise causada pela Covid-19, o consumo de álcool já se estava a ressentir no Dubai, em simultâneo com a queda nos preços de petróleo. Em 2019 caiu 3,5% em relação ao ano anterior, abaixo dos 130 milhões de litros. Para animar os números, o Dubai removeu também os obstáculos que impediam os turistas de adquirir álcool em estabelecimentos especializados. Agora basta apresentar um passaporte.

O consumo de álcool é um grande negócio para a família Al Maktoum, que governa o Dubai. Uma garrafa de bebida alcoólica tem um imposto de importação de 50% e uma taxa adicional de 30% para a sua venda em lojas de bebidas, todas estatais.

Os Emirados Árabes Unidos têm uma das taxas de consumo de álcool mais altas na região, de 3,8 litros por ano per capita, apesar do facto de num dos seus estados, Sharjah, ser totalmente proibido.

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