Sorridente e brincalhão. Assim era Bruno Candé, o ator de 39 anos que foi assassinado com quatro tiros na via pública, em Moscavide, este sábado Os motivos do crime são ainda desconhecidos mas testemunhas referem motivações racistas
Há dois anos, Bruno Candé Marques “sofreu um acidente de bicicleta, por atropelamento, e desde então ficou com sequelas em todo o seu lado esquerdo. Foi-lhe atribuído um atestado de incapacidade, sendo as limitações de mobilidade evidentes. Apesar disso, Bruno continuou a lutar pelos seus sonhos, mantendo-se ativo no teatro e avançando nos manuscritos para o livro que queria dar o mundo”, explica a família no comunicado.
Inês Vaz, atriz e produtora da Casa Conveniente, recordou esse momento numa publicação no Facebook em que homenageou o amigo: “Tinha sido atropelado, quando estava a voltar para casa à noite de bicicleta e deixado ao abandono no meio da estrada. O INEM foi alertado por uma chamada anónima e quando chegou encontrou-o sozinho, inconsciente no chão. Foi um milagre a ter sobrevivido na altura. Foi um milagre a recuperação que estava a conseguir. Disse-nos que tinha sido o teatro que o tinha salvo : foi recordando textos de Heiner Müller, do espetáculo A Missão, que fez com a Mónica, que foi voltando a si”.
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