João Lourenço recordou que o país teve sucessivos défices orçamentais desde 2014. Assim, fez disparar o rácio da dívida pública de cerca de 30% em 2013 para, aproximadamente, 113% em 2019.
Angola, que perspetiva um défice orçamental de 4% do PIB este ano, prevê regresso aos excedentes orçamentais em 2021, antecipou o Presidente da República angolano, João Lourenço, numa mensagem dirigida aos deputados da Assembleia Nacional.
A mensagem de João Lourenço foi lida esta terça-feira pelo ministro de Estado da Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior. A revelação foi feita na abertura do debate sobre o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2020 revisto, que vai ser votado esta terça-feira.
“Prevemos retomar a trajetória de ‘superavits’ orçamentais, isto é, de saldos orçamentais positivos, em 2021”, destacou o chefe de Estado. O líder sublinhou ainda que esta situação “é de uma importância enorme”, pois significa que o país terá menores necessidades de endividamento.
João Lourenço recordou que o país teve sucessivos défices orçamentais desde 2014, o que fez disparar o rácio da dívida pública de cerca de 30% em 2013 para, aproximadamente, 113% em 2019.
Em 2018, Angola registou, pela primeira vez em quatro anos, um saldo orçamental positivo de 2,1% do PIB. Em 2019, o saldo foi de 0,8% e estava previsto também um ‘superavit’ de 1,2% para 2020, uma trajetória “infelizmente” interrompida em consequência da crise económica e financeira que o país está a viver.
O Presidente angolano justifica a necessidade de revisão do OGE com a crise criada pela pandemia de covid-19. Até ao momento, Angola regista 525 infetados e 26 mortos.
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