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Jumia, a Amazon de África, caiu em desgraça

Os dois CEO da Jumia – a plataforma de comércio eletrónico que está para África como a Amazon para os Estados Unidos – anunciaram no início do mês que iam fazer cortes de 25% nos seus salários para suportar os custos da start-up durante a pandemia de coronavírus, conta a BBC hoje.

Em 2019, a dupla de fundadores e administradores executivos da empresa, os franceses Jeremy Hodara and Sacha Poignonnec, ganhou 5.3 milhões de dólares em salários base e bónus.

Mas as perdas de Jumia chegaram este ano aos 34%, atingindo um buraco de 246 milhões de dólares, e um recorde negativo de oito anos seguidos sem lucros.

Antes da pandemia, a plataforma de comércio eletrónico africana tinha terminado o ano passado com 6.1 milhões de consumidores online ativos, uma subida considerável face aos seus 4 milhões de utilizadores iniciais.

Com a chegada da pandemia de coronavírus, a Jumia expandiu os seus produtos de mercearia e sanitários, introduziu opções de entrega ao domicilío sem contacto físico e promoveu os pagamentos eletrónicos. Também começou a vender bens essenciais na África do Sul utilizando a infraestrutura da sua subsidiária de retalho de moda, a Zando.

Mas náo conseguiu virar a curva do prejuízo. A companhia fechou no Ruanda, Tanzânia e Camarões, três dos 14 países onde estava presente.

A cotação da Jumia na Bolsa de Nova Iorque foi vista como um marco de sucesso para uma empresa do continente negro e a start up passou a ser conhecida como a “Amazon de África”.

A gigante do comércio eletrónico norte-americana, a Amazon, demorou seis anos até se tornar rentável mas a verdade é que a africana Jumia ainda luta pela sobrevivência, oito anos após a sua fundação.

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