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CONFRONTOS EM NAMPULA MANCHAM ELEIÇÕES GERAIS

 

As eleições gerais de Moçambique ficaram marcadas por confrontos em vários pontos do país

 

A polícia moçambicana envolveu-se na quarta-feira em confrontos com a população de Nampula, norte de Moçambique, quando tentava dispersar concentrações de pessoas junto de mesas de voto para as eleições gerais.

Em vários pontos da periferia da cidade, onde reside a maioria da população, a polícia usou balas reais e gás lacrimogéneo para dispersar as pessoas que se mantinham perto das assembleias de voto, avisando-as que não podiam permanecer no local e tinham de ir para casa.

Mahamudo Amurane, autarca eleito pelo MDM (Movimento Democrático de Moçambique), descreveu, em declarações à Lusa, que “algumas pessoas dispersaram-se, mas outras voltaram”, dando conta da existência de pelo menos um ferido.

Na Escola Primária e Completa do Belenenses, agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR), uma unidade especial, disparam e atingiram dois membros do MDM, segundo jornalistas no local.

Os próprios membros da polícia de proteção que guarneciam o local foram apanhados de surpresa pelos disparos efetuados pela FIR.

Além da cidade de Nampula, situações semelhantes ocorreram em Angoche, na mesma província, que corresponde ao maior círculo eleitoral de Moçambique.

O movimento social moçambicano Parlamento Juvenil revelou por seu lado que em duas escolas na Beira, segunda maior cidade do país, também houve registos de tiroteios e utilização de gás lacrimogéneo.

A organização moçambicana Observatório Eleitoral apelou aos eleitores moçambicanos para a “calma e serenidade”, após confrontações em algumas partes do país por suspeitas de fraude eleitoral, com o início do apuramento dos resultados das eleições gerais.

O membro do Observatório Eleitoral, Dinis Matsolo, destacou em comunicado os relatos de violência e agitação preocupantes em várias partes do país, assinalando que a sua instituição “está a fazer esforços” para investigar os casos.

“Gostaríamos de apelar a todos os eleitores a terem calma”, disse o membro daquela que é a maior organização de observação presente nas quintas eleições gerais moçambicanas.

A maioria das 17 mil mesas de voto encerrou na quarta-feira, às 18:00  , depois de mais de dez milhões de moçambicanos terem sido chamados para escolher um novo Presidente da República, 250 deputados da Assembleia da República e 811 membros das assembleias provinciais, a que concorreram três candidatos presidenciais e 30 coligações e partidos políticos.

 

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