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HOSPITAL CONDE DE SÃO JANUÁRIO ESTUDA INTRODUÇÃO DE CIRURGIA ROBÓTICA

 

A introdução de cirurgia robótica e de tecnologias de radiologia intervencionista está nos planos do Governo de Macau.  

 

O Centro Hospitalar Conde de São Januário está a planear a introdução de um sistema de cirurgia robótica e de vários tipos de tecnologias dedicadas à radiologia intervencionista. Ao Plataforma Macau, os Serviços de Saúde (SSM) disseram, além disso, que a médio prazo o futuro Complexo Hospitalar das Ilhas vai “apostar no desenvolvimento dos vários centros de tratamentos especializados, como o Centro de Tratamento Oncológico (medicina nuclear e radioterapia), o Centro de Tratamento Cardiológico (…) com o fim de melhorar a estrutura de prestação de serviços do sistema de saúde de Macau.”

Para que a medicina nuclear seja uma realidade no território, é necessário proceder à sua legislação, explica Rui Furtado, médico e também presidente da Associação dos Médicos de Língua Portuguesa de Macau (AMLPM).

“Não há regulamentação e tem de haver uma lei que proteja o manuseamento de produtos radioativos. Depois é preciso fazer um laboratório, criar a especialidade e para isso são necessários técnicos”, realça o especialista, acrescentando ainda que a falta de recursos humanos na área da Medicina Nuclear é um problema global. “Fazem falta em todo o lado”, explica.

 

FALTA DE ESTÍMULO PARA DIFERENCIAÇÃO

“Do ponto de vista de equipamentos técnicos, Macau tem todas as possibilidades, deve ser tudo implementado tanto nos hospitais como nos serviços de saúde”, sublinha ainda Rui Furtado.

O presidente da associação de matriz portuguesa aponta, porém, que a “diferenciação do pessoal” é um problema para a utilização destas novas tecnologias e equipamentos técnicos. “Não existem estímulos para [os profissionais] se diferenciarem”, nota.

“Não é por autorizar nem por dar 15 dias de dispensa de serviços que se faz a atualização de um médico ou de um enfermeiro para as novas tecnologias. Isso obriga habitualmente a fazer cursos no exterior. São cursos prolongados, que muitas vezes duram mais de três meses”, adverte ainda Rui Furtado, realçando que, o interesse na aquisição e utilização de novas tecnologias “é possível, mas vai passar pela contratação de mais profissionais e pela facilitação da diferenciação das pessoas”.

No âmbito das novas tecnologias, os Serviços de Saúde admitem que, alguns tratamentos não têm sido promovidos devido à falta de casos clínicos no território ou por razões de custo-efetividade. No email enviado ao Plataforma Macau, os SSM relembram que os pacientes que necessitem desses cuidados podem ser transferidos para os territórios vizinhos através do regime da Junta para Serviços Médicos no Exterior.

 

Catarina Domingues

 

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