Início Angola 200 MIL CHINESES JÁ TRABALHAM EM ANGOLA

200 MIL CHINESES JÁ TRABALHAM EM ANGOLA

Angola é o segundo destino preferido da emigração chinesa em África, depois da África do Sul, numa demonstração do bom nível de relações entre os dois países.

No início do mês, a visita a Angola do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, revelou relações muito fortes entre os dois países, com a aprovação de um pacote financeiro de Pequim e a concertação de posições a nível internacional, mas foi a revelação do número de emigrantes chineses no país africano que simbolizou melhor essa proximidade.
Uma reportagem do canal público de televisão chinês CCTV estimou em “mais de 200 mil” o número de emigrantes do seu país em Angola, afiançando que “mais e mais continuam a emigrar” para o país da África ocidental.
Os emigrantes estão em todos os setores, da construção civil à medicina, e apesar das barreiras linguísticas e culturais, a maioria diz-se satisfeita com a sua situação.
“No passado, cinco ou seis pessoas partilhavam o mesmo quarto, mas, agora, a companhia melhorou as condições de vida e coloca dois trabalhadores por quarto”, disse o emigrante chinês ShenPibo, há nove anos em Angola, ao canal.
Outro emigrante, ShenEnwen, relatou que não falava português quando, há oito anos, chegou a Angola. “Não havia comunicação entre nós e os trabalhadores locais porque não nos entendíamos. Ficávamos muito ansiosos, mas, com o passar do tempo, começámos a aprender e agora até alguns angolanos percebem o chinês.

EXIMBANK FINANCIA PROJETOS COM 170 MILHÕES DE DÓLARES

O Eximnbank vai financiar com 170 milhões de dólares a concretização de três projetos desenvolvidos pelo Governo de Luanda, nomeadamente a barragem de Chiumbe-dala, e a sua central de energia, em Luena, província de Moxico; um complexo agroindustrial, em Cuimba, província do Zaire; e o Instituto de Treino Comercial dos PALOP, no Lubango, Huíla.
O acordo foi assinado pelo vice-Presidente angolano, Manuel Vicente, e pelo vice-presidente do Eximbank, Yuan Xingyong, durante a visita do primeiro-ministro chinês à capital angolana.
Desde 2004 que as duas partes assinaram diversos protocolos de cooperação, num valor total que ultrapassa os 10 mil milhões de dólares e, na visita de 48 horas a Luanda, Li Keqiang anunciou ainda a concessão de uma doação de 180 milhões de yuan (28.8 milhões de dólares) “para ajuda ao desenvolvimento”.

CONCERTAÇÃO NA ONU

As boas relações estendem-se à partilha de posições nas Nações Unidas, com Pequim a ser um dos mais sólidos apoiantes de Angola a um assento de membro não-permanente no Conselho de Segurança, para o período 2015-16. Segundo o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que recebeu Li Keqiang em audiência, os dois países partilham agora posições no âmbito da Comissão para os Direitos Humanos da ONU, bem como no sistema geral da organização.
“Temos pontos de vista semelhantes na maior parte das questões importantes que preocupam a comunidade internacional, como a segurança, paz, entendimento entre nações, cooperação e matérias relacionadas com a reforma das Nações Unidas, disse Santos, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro chinês, no palácio presidencial, em Luanda.
No concreto, o Presidente angolano disse que a China apoia os esforços da presidência angolana na comissão internacional dos Grandes Lagos, em África, que tem como objetivo combater guerrilheiros anti-governo da República Democrática do Congo. O mesmo, disse, se passa em relação à República Centro-Africana, com o apoio dado por Pequim aos “esforços angolanos” para garantir a estabilidade e a credibilidade das instituições de Estado daquele país conturbado do centro do continente.

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