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Abstenção de funcionários públicos sem “responsabilidade disciplinar”

O presidente da comissão eleitoral, Seng Ioi Man, garantiu que não se colocará "a questão da responsabilidade disciplinar" aos funcionários públicos que eventualmente não votarem nas eleições legislativas de 14 de setembro

Lusa

“Nós consultámos a Direção dos Serviços de Administração e Função Pública (DSAFP), não se coloca aqui a questão da responsabilidade disciplinar”, disse à Lusa o responsável, confrontado com essa eventualidade na sequência do apelo do Chefe do Executivo, Sam Ho Fai, que enviou a todos os funcionários públicos uma carta em que sublinhou que “o sufrágio constitui, não só um direito como também um dever cívico”.

Confrontado pela impressa local com a mesma questão, Seng Ioi Man começou, não obstante, por citar a lei eleitoral, que determina, no seu artigo 95.º, segundo o responsável, que “votar constitui um direito e simultaneamente um dever dos trabalhadores dos serviços públicos enquanto eleitores”.

O presidente da Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) recordou ainda que a diligência do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) passou pela solicitação aos serviços para que “concedam as facilidades necessárias para o ato eleitoral aos trabalhadores que estejam em serviço”.

“Acreditamos que os trabalhadores da administração pública, enquanto servidores públicos, vão, na sua maioria, responder ao apelo do chefe do Executivo, e votar na assembleia de voto a que pertencem no dia 14 de setembro”, afirmou Seng Ioi Man.

O universo da função pública – que, segundo os últimos dados disponíveis, em finais de 2023, tinha pouco menos de 34.300 trabalhadores, quando no início de 2020 eram mais de 38.000 – representará atualmente cerca de 10% do número total de eleitores recenseados.

O presidente da CAEL sublinhou que a comissão não fez o exercício do efeito que a carta de Sam Ho Fai possa vir a ter na participação eleitoral, sublinhando que o organismo não está “virado para um setor próprio”.

“O universo de eleitores elegíveis é de cerca de 320 mil, por isso, os nossos destinatários são todos os eleitores elegíveis, não fizemos uma estatística, uma determinada profissão, a sua taxa, etc., mas apelamos a todos os eleitores para votarem no dia das eleições”, afirmou.

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