O secretário do Interior ordenou, no domingo, a retirada forçada de moradores de 2.500 aldeias de Luzon, alertando que montanhas, vales e planícies da região agrícola eram mais suscetíveis a inundações repentinas e aluimentos de terras.
Com o tufão Toraji a aproximar-se rapidamente, houve pouco tempo para transportar um grande número de pessoas para um local seguro, disse Jonvic Remulla. “Entendemos que alguns queiram ficar, mas temos de os tirar de lá”, disse Remulla aos jornalistas.
O Toraji atingiu o nordeste da província de Aurora esta manhã com ventos sustentados até 130 quilómetros por hora e rajadas até 180 quilómetros por hora. Os meteorologistas preveem que o tufão siga em direção ao noroeste através da região de Luzon, enfraquecendo ao atravessar uma cordilheira e depois continuando para o mar do Sul da China.
Hong Kong já anunciou que vai içar o sinal 1 de tempestade tropical (o mais baixo alerta em cinco) hoje ou na terça-feira, assim que o Toraji esteja a menos de 800 quilómetros da região semiautónoma chinesa. A região vizinha de Macau também referiu a possibilidade emitir um alerta de tempestade tropical.
As escolas foram encerradas, os serviços de ferry entre ilhas e os voos domésticos foram suspensos nas províncias das Filipinas na rota do tufão, a 14.ª tempestade tropical a atingir o arquipélago este ano. Os meteorologistas disseram que estavam a acompanhar uma outra tempestade no oceano Pacífico que podia afetar o país.
No espaço de menos de um mês, dois tufões e uma tempestade tropical causaram mais de 160 mortes, danificaram milhares de casas e terras agrícolas e afetaram mais de nove milhões de pessoas nas Filipinas. Em algumas cidades e vilas do país, choveu em 24 horas o equivalente a dois meses da precipitação normal.
As Filipinas receberam ajuda de países do Sudeste Asiático, sobretudo de Singapura, e dos Estados Unidos, aliado de longa data, para transportar alimentos, água e outro tipo de ajuda para as províncias do norte mais atingidas.
O arquipélago filipino é frequentemente atingido por tufões e sismos e tem mais de uma dúzia de vulcões ativos, o que o torna um dos países mais propensos a desastres naturais do mundo.
Em 2013, o tufão Haiyan, um dos mais fortes jamais registados, deixou mais de 7.300 pessoas mortas ou desaparecidas, arrasou aldeias inteiras e fez com que navios encalhassem e colidissem com casas no centro das Filipinas.
Plataforma com Lusa