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CE inicia visita em Portugal para impulsionar a cooperação bilateral nas áreas económica, comercial e turística

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Credito:GCS

O Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Ho Iat Seng, iniciou, no dia 19 de Abril, a visita em Portugal, cujo programa começou, à tarde (hora de Portugal), com o “Seminário de Promoção sobre Investimento e Turismo Macau–Portugal”.

O Governo da RAEM vai, através de uma série de actividades, apresentar o desenvolvimento actual e as novas oportunidades em Macau e na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin e impulsionar a cooperação entre Macau e Portugal nas áreas económica, comercial e turística.

A delegação do Governo da RAEM, liderada pelo Chefe do Executivo, chegou, esta tarde (hora de Portugal) a Lisboa, tendo sido recebida à chegada ao Aeroporto Internacional de Lisboa, pelo embaixador da China em Portugal, Zhao Bentang, e pelo próximo subchefe do Protocolo de Estado do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, José Carlos Arsénio. O Chefe do Executivo seguiu de imediato para a Praça do Comércio, onde visitou a exposição “Sentir Macau Sem Limites – Promoção de Macau em Lisboa”, dando o início do programa de visita. A Direcção dos Serviços de Turismo da RAEM (DST) convidou o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) e o Instituto Cultural (IC), a par com as seis grandes empresas integradas de turismo e lazer de Macau, para instalarem zonas de exposições temáticas sobre os elementos não jogo, expositores e instalações que mostram a imagem turística de Macau. O Chefe do Executivo visitou as respectivas zonas e expressou o seu desejo de ver estes espaços como uma oportunidade para expandir os mercados de visitantes internacionais.

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De seguida o Chefe do Executivo marcou presença no “Seminário de Promoção sobre Investimento e Turismo Macau–Portugal”, evento co-organizado pela AICEP Portugal Global – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, pelo Turismo de Portugal I.P., pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) e pela Direcção dos Serviços de Turismo da RAEM(DST).

Para esta visita a Lisboa, o Governo da RAEM organizou especialmente uma delegação de empresários de Macau para intercâmbio com empresas portuguesas, através de sessões de promoção, encontros com empresários e observação in loco, e dar a conhecer à sociedade e empresas portuguesas a situação actual e oportunidades de investimento em Macau e na Zona de Cooperação Aprofundada, com o objectivo de despertar o interesse do governo português e dos diferentes sectores para a realização de intercâmbio com Macau, participar em convenções e exposições e visitar a cidade. As empresas portuguesas podem planear as suas estratégias comerciais considerando a integração entre Macau e Hengqin, encontrando um espaço mais vasto de desenvolvimento. Para além das empresas de Macau, a delegação conta também com a participação de representantes governamentais e de empresas da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin.

Ao discursar no Seminário, o secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong, indicou que, desde o estabelecimento da RAEM, o sucesso da implementação do princípio «Um país, dois sistemas» de Macau tem estado associado ao apoio de Portugal. Adiantou que, de acordo com o posicionamento de desenvolvimento da RAEM como “Um Centro, Uma Plataforma, Uma Base”, atribuído pelo Governo Central da China, o Governo da RAEM continua a promover o intercâmbio e a cooperação amigáveis em diversos ramos e formas entre a China e os Países de Língua Portuguesa, com vários trabalhos prioritários na construção da Plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa a contar com apoio e participação directa dos sectores político e empresarial de Portugal, designadamente, foi estabelecido em Macau o Secretariado Permanente do Fórum de Macau, realizadas cinco edições da Conferência Ministerial e uma Reunião Extraordinária Ministerial do Fórum de Macau, com notório sucesso. Referiu ainda o estabelecimento do Centro de Formação do Fórum de Macau, da Sede do Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa, da Federação Empresarial da China e dos Países de Língua Portuguesa, do Centro de Intercâmbio de Inovação e Empreendedorismo para Jovens da China e dos Países de Língua Portuguesa, tendo sido ainda concluído e inaugurado o Complexo da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

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Acrescentou que graças aos esforços conjuntos de todos os intervenientes, já foi praticamente formada uma plataforma de serviços integrados vocacionada principalmente para serviços de cooperação económica e comercial e para o desenvolvimento sinérgico e o progresso conjunto nas áreas da investigação científica, da medicina tradicional chinesa, da cultura, do turismo, das convenções e exposições, comércio, das finanças e do empreendedorismo jovem. Prevê-se que a China e os Países de Língua Portuguesa, incluindo Portugal, poderão beneficiar da citada plataforma de serviços integrados, que constitui um sólido suporte para o aprofundamento das relações económicas e comerciais entre as partes intervenientes.

Lei Wai Nong referiu ainda que o Governo da RAEM está empenhado na implementação de estratégias para desenvolver a diversificação adequada «1+4», aperfeiçoando continuamente a estrutura industrial. Acrescentou que com o apoio das políticas nacionais, serão aproveitadas ao máximo as vantagens espaciais da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin, adjacente a Macau e ligada por uma ponte, no sentido de construir gradualmente um novo modelo de desenvolvimento sinérgico Macau-Hengqin de «Plataforma de Macau + recursos internacionais + espaço de Hengqin + compartilha de resultados», criando um ambiente de negócios melhor para que os investidores estrangeiros, interessados em entrar no mercado chinês, utilizem Macau e a zona de Hengqin como ponto de partida para explorar o vasto mercado do Interior da China, com uma população de 1,4 mil milhões de habitantes.

Ao discursar no evento, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, Francisco André, agradeceu à delegação do Governo da RAEM pelo facto de ter escolhido Portugal como o primeiro país a visitar, salientando a relação histórica de mais de 500 anos e a amizade de respeito mútuo entre Portugal e Macau. Acrescentou que Macau já se tornou numa plataforma muito importante para as relações entre a China e os países da língua portuguesa, e que deve continuar a aprofundar o papel de ponte. Referiu que esta actividade de promoção é uma oportunidade para impulsionar o intercâmbio das empresas.

O mesmo responsável disse ser bem-vindo o investimento das empresas de Macau em Portugal para assim haver um esforço conjunto na procura de mais oportunidades de negócio. Acrescentou que Portugal e Macau podem procurar novas oportunidades de cooperação em várias áreas, nomeadamente nas energias renováveis, economia sustentável e indústria da saúde, como também podem desenvolver mais elementos e recursos turísticos na área de turismo, especialmente em património cultural. 

No evento, o Chefe do Executivo, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal, o embaixador da China em Portugal e outros convidados testemunharam a assinatura do memorando de cooperação entre a AICEP Portugal Global e o IPIM, e do acordo de cooperação empresarial entre a Associação de Comerciantes e Industriais Luso-Chinesa de Portugal e a Associação Comercial de Macau

O Seminário contou com sessões de bolsas de contactos entre empresas, onde foram programados encontros entre a delegação de empresários de Macau e representantes das empresas portuguesas, criando condições favoráveis para as empresas de ambas as partes procurarem, em conjunto, oportunidades de negócio e abrirem novos espaços de cooperação, de modo a, por um lado, atrair mais investidores portugueses a estabelecerem-se em Macau e em Hengqin, e por outro lado, ajudar as empresas de Macau a “irem além-fronteiras” para explorar o mercado estrangeiro.

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