A Filarmónica de Minas Gerais vai apresentar-se com três concertos (7, 8 e 9 de setembro) em Portugal, na sua primeira digressão europeia. Lisboa, Coimbra e Porto vão receber estas apresentações que fazem parte das comemorações do bicentenário da independência do Brasil. O Maestro Fabio Mechetti esteve à conversa com o DN sobre o que se pode esperar destes concertos.

AFilarmónica de Minas Gerais foi criada em 2008. Como é que tem sido o vosso percurso desde aí? E que trabalho têm vindo a fazer?
A orquestra foi criada com o objetivo de construir em Minas Gerais mais uma orquestra de qualidade, de excelência. Uma orquestra que desde o princípio, na seleção dos músicos, na seleção do repertório, na seleção do próprio regulamento da orquestra, buscamos sempre a excelência, fazer uma peça de qualidade, abrangendo o repertório mais amplo possível. Veja que com quase 15 anos de existência, já executamos quase mil obras sinfónicas. E esse trabalho é um trabalho que tem tido muito apoio aqui da sociedade mineira e agora estamos divulgando também esse trabalho na Europa, nessa semana que vamos passar em Portugal.
Esta digressão faz parte da celebração do bicentenário da independência do Brasil. Como é que se sentem a comemorar esta data com uma digressão por Portugal, além de ser a vossa primeira digressão europeia?
Calhou a oportunidade e nós depois da pandemia quisemos retomar essa questão de tournées e de viagens, então existia essa ansiedade nossa de poder fazer isso, depois de dois anos praticamente sem tocarmos fora e com a efeméride que é a celebração do bicentenário da independência do Brasil, com um repertório que une os dois países. São compositores brasileiros e portugueses. Nós temos muitas coisas em comum além da língua, da história, a própria estética musical e artística em geral, se baseiam muito uma na outra. Então nós achámos que era uma oportunidade interessante de levarmos a orquestra, nesse momento especial para nós brasileiros e compartilharmos isso com vocês portugueses.