A capacidade de armazenamento de gás natural em Portugal está a 100%, o que coloca o país no topo dos mercados da União Europeia com os maiores níveis de reservas utilizadas, alcançando quase o dobro da média da Europa. Estes números ganham maior relevância numa altura em que a Rússia já começou a fechar a torneira do gás a vários países do Velho Continente como resposta às sanções que foram aplicadas a Moscovo e ao apoio que os países da Europa têm concedido à Ucrânia.
A 25 de junho, os dados mais atuais, os “stocks” nacionais totalizavam 100% da capacidade de armazenamento, de acordo com a plataforma Gas Infrastructure Europe (GIE), que agrega os dados dos países da União Europeia com reservas desta fonte energética. Só a Polónia alcança valores quase semelhantes (97%), seguindo-se a Dinamarca (78,73%), a República Checa (74,77%) e Espanha (72%). A Alemanha, que já está a sofrer com a redução do gás russo e a admitir o racionamento de energia, tem quase 60%. No lado oposto da lista, posição que Portugal chegou a ocupar em outubro do ano passado, encontram-se a Croácia (27%), Suécia (31%) e Bulgária (34%).
A guerra na Ucrânia mergulhou a Europa numa crise energética. E face às ameaças da Rússia em cortar o abastecimento de gás natural, vários países têm vindo a tentar encontrar soluções alternativas de modo a reforçar os stocks para não haver problemas de fornecimento no inverno, altura em que se consome mais esta fonte energética. E, apesar de não ser dependente do gás russo, Portugal não é excepção tendo reforçado o armazenamento em 10 pontos percentuais face a maio e em 35 em comparação ao mesmo período do ano passado.
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