Os dois países anunciaram formalmente um acordo para partilhar a Ilha Hans, situada ao largo da costa noroeste da Gronelândia, criando a primeira fronteira terrestre entre o Canadá e a Europa, numa cerimónia que se realizou na cidade canadiana de Otava, com a presença dos ministros dos Negócios Estrangeiros canadiano e dinamarquês.
Num impasse pacífico de 49 anos, este conflito terá fim com a divisão desta ilha, em forma de rim, dividida em duas partes, tornando este acordo como uma exemplo para a resolução de disputas territoriais em todo o mundo.
“O Ártico serve de farol para a cooperação internacional, nos casos em que prevalece o Estado de Direito. Numa altura em que a segurança global está ameaçada, nunca foi tão importante para democracias como o Canadá e a Dinamarca trabalharem em conjunto para resolver as nossas diferenças”, afirmou a ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, em declarações à AFP.
Já o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca, Jeppe Kofod realçou o facto da resolução deste conflito ter acontecido numa altura em que a “ordem internacional baseada no Direito está sobre pressão e os valores democráticos estão sob ataque”, numa alusão à guerra na Ucrânia.
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