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Líder humanitário da ONU na Turquia para discutir processo de mediação

Lusa

 O subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, disse ontem que visitará a Turquia esta semana para discutir possíveis esforços de mediação de Ancara nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia

“Viajarei para a Turquia esta semana para me encontrar com o Presidente (turco, Recep Tayyip) Erdogan”, disse o britânico Martin Griffiths, em conferência de imprensa na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.

“Estou realmente impressionado com o papel que a Turquia está a desempenhar. A Turquia conseguiu apresentar-se a ambos os lados como um anfitrião genuinamente viável e útil para essas conversações, com todas as dificuldades que vimos nesta última semana”, acrescentou o principal responsável humanitário da ONU.

Griffiths declarou ainda que um cessar-fogo da Rússia na Ucrânia “não está no topo” das prioridades de Moscovo, nem mesmo para permitir a evacuação de civis ou organizar a entrada de ajuda humanitária nas cidades mais afetadas.

“O cessar-fogo não está no horizonte, talvez dentro de algumas semanas. Isso dependerá das negociações, porque (primeiro) é necessário um mínimo de confiança”, avaliou Griffiths.

O britânico defendeu a criação daquilo que classificou de “janelas de silêncio”, uma fórmula que funcionou nos últimos anos na região de Donbass (leste da Ucrânia) e que envolvia interromper brevemente os combates para permitir a passagem de material médico ou humanitário, assim como a partida de civis.

De acordo com o subsecretário-geral, a ONU planeia enviar uma caravana humanitária nos próximos dias para a região leste de Donetsk e de lá enviar suprimentos para a região de Lugansk.

Também hoje, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar seriamente preocupado com a “terrível situação humanitária na cidade sitiada de Mariupol, amplamente destruída após semanas de implacáveis ataques russos”, pedindo para que “as partes tomem todas as medidas necessárias para evitar baixas civis”.

A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de cerca de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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