Ao discursar na abertura do acto central do Dia Internacional da Mulher, que decorreu no município do Cazenga,Carolina Cerqueira disse que o casamento e gravidez precoces forçam as meninas a assumirem responsabilidades para as quais não estão preparadas física e psicologicamente, interrompendo o processo educativo, diminuindo a probabilidade de se integrarem e progredirem no mercado de trabalho e na sociedade em geral”
Carolina Cerqueira reafirmou o compromisso do Executivo na defesa dos direitos das mulheres e na transmissão de um legado de bons exemplos e referências positivas às novas gerações.
A ministra de Estado referiu que o desenvolvimento sustentável dos países passa, necessariamente, pela formação massiva e qualitativa dos jovens, sendo que a percentagem das mulheres na estrutura demográfica é maior que a dos homens.
Para enfrentar os desafios do desenvolvimento sustentável, sublinhou, os esforços devem estar virados no reforço das capacidades das mulheres e no reconhecimento das suas competências nas áreas política, económica, social, profissional e cultural.
Esses aspectos, acrescentou, elevam o seu estatuto, com a finalidade de reafirmar a dignidade das mulheres e promover o empoderamento para reforçar o combate à pobreza, analfabetismo, violência, VIH, casamento e gravidez precoces, entre outros dramas sociais, que têm, essencialmente, o rosto de mulheres e raparigas vulneráveis.
Apelou às famílias a contribuírem para a criação de uma nova moral na sociedade, baseada na igualdade de direitos e deveres, respeito pela personalidade de cada um, protecção à criança e promoção do espírito de entreajuda.
“Casamentos precoces, forçados ou arranjados em raparigas menores de 18 anos” foi a reflexão do acto central do Dia Internacional da Mulher, marcado, também, com o relançamento da campanha contra a gravidez e casamento precoces.
. Os dados apresentados indicam que uma em cada quatro raparigas dos 15 ao 18 anos já sofreu violência física ou sexual e uma em cada três é casada ou vive em união de facto antes dos 18 anos de idade e uma em cada dez antes dos 15 anos.
“Para impedir o progresso deste quadro preocupante, o Executivo tem desenvolvido várias acções, no âmbito do Programa de Combate à Pobreza, entre as quais destacam-se as acções decorrentes do Programa de Merenda Escolar, cujo objectivo é atrair as crianças mais vulneráveis à escola.
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